Se você acompanha as notícias, já deve ter visto relatos de acidentes aéreos que geram preocupação. Não é fácil entender o que realmente acontece, mas separar fatos de sensacionalismo ajuda a ter uma visão mais clara. Aqui você vai encontrar um panorama rápido dos incidentes mais recentes, as razões que costumam aparecer nas investigações e, o mais importante, como se proteger ao embarcar.
Os relatórios de autoridades de aviação apontam alguns padrões recorrentes. Falhas mecânicas, como problemas no motor ou nos sistemas hidráulicos, ainda são a primeira causa em muitas ocorrências. Em seguida, vemos erros humanos – principalmente falta de comunicação entre a tripulação ou decisões equivocadas em situações críticas. Condições climáticas extremas, como tempestades e nevoeiro, também entram na lista, porque atrapalham a visibilidade e o desempenho da aeronave.
Outro ponto que aparece bastante é a manutenção inadequada. Aeronaves que não seguem rigorosamente os planos de revisão podem apresentar desgastes que passam despercebidos. Por isso, companhias que têm histórico de manutenção regular costumam ter índices de segurança muito melhores. Por fim, fatores externos como interferência de aves (bird strike) e atos de sabotagem, embora raros, são investigados sempre que ocorrem.
Não dá para eliminar 100% dos riscos, mas algumas atitudes simples aumentam a segurança. Antes de comprar a passagem, pesquise a reputação da companhia aérea – sites de avaliação e registros de incidentes dão boas pistas. Checar se a aeronave passou por inspeções recentes também ajuda, embora essa informação nem sempre esteja disponível ao público.
No dia do voo, siga as instruções da tripulação com atenção. Elas são treinadas para lidar com emergências e sabem o que fazer em caso de turbulência ou falha de equipamento. Preste atenção às demonstrações de segurança e ao sinal de saída de emergência mais próximo do seu assento; isso pode fazer diferença se houver necessidade de evacuação.
Se o voo for disputado por condições climáticas ruins, considere a possibilidade de reagendar. Os aeroportos costumam divulgar avisos de mau tempo e, nas grandes cidades, há alternativas de transporte. Lembre-se que a maioria dos incidentes relacionados ao clima ocorre quando as empresas tentam voar apesar de alertas claros.
Outra prática recomendada é manter documentos e objetos de valor guardados em bolsas fechadas. Em caso de emergência, isso evita que coisas importantes se percam ou se tornem obstáculos na evacuação. Também é útil levar um pequeno kit de primeiros socorros e alguma medicação de uso regular, caso a situação se prolongue.
Ficar informado é a melhor defesa. Sites oficiais de transporte aéreo, como a ANAC no Brasil, publicam boletins de segurança e atualizações sobre incidentes. Assine newsletters ou siga perfis confiáveis nas redes sociais para receber alertas em tempo real.
Por fim, mantenha a calma. O medo pode atrapalhar a tomada de decisão, seja por parte dos passageiros ou da tripulação. Respire fundo, siga as orientações e confie no treinamento que os profissionais de aviação recebem. Viajar continua sendo uma das formas mais seguras de transporte quando todos fazem a sua parte.
O governo sul-coreano vai reformar aeroportos e sistemas de controle de tráfego aéreo em 2025, após o trágico acidente do voo 2216 da Jeju Air, que matou 179 pessoas. Estruturas de concreto perigosas serão removidas, e inspeções detalhadas acontecem em todo o país.