A Fazenda 17: Guilherme Boury entra no elenco e expõe conexão com Fábio Jr.

A Fazenda 17: Guilherme Boury entra no elenco e expõe conexão com Fábio Jr.

Guilherme Boury aposta em A Fazenda 17 e leva bagagem de novelas, família famosa e internet

Reality rural no ar e elenco oficial confirmado: a estreia de A Fazenda 17, na segunda-feira, 15 de setembro de 2025, colocou o ator Guilherme Boury, 41 anos, no centro da conversa. Conhecido do público de novelas e séries, ele entra na disputa pelo prêmio de R$ 2 milhões carregando duas cartas fortes: currículo sólido na TV e um sobrenome que abre portas nos bastidores do entretenimento.

Boury vem de um clã acostumado aos holofotes. É filho da autora Margareth Boury e do ator-cantor Heraldo Corrêa, além de neto do diretor Reynaldo Boury, nome histórico da teledramaturgia brasileira. A árvore genealógica vai além: ele é sobrinho do cantor Fábio Jr. e primo de Fiuk e Cleo. Essa rede familiar, muito presente na TV e na música, ajuda a explicar o interesse instantâneo do público pelo novo peão.

Na carreira, o ponto de partida foi em 2005, na Record TV, com Prova de Amor. A partir daí, emendou projetos como Alta Estação, Amor e Intrigas e Poder Paralelo. Foi justamente neste último que ele chamou mais atenção da crítica e rendeu o Prêmio Máster de Ator Revelação em 2007, reconhecimento que costuma abrir portas para papéis de maior visibilidade.

Entre os trabalhos mais lembrados, está Chiquititas, fenômeno infantojuvenil que marcou a presença de Boury na cultura pop brasileira. A vitrine do remake atraiu novos públicos e fixou sua imagem para além das tramas adultas, um trunfo que ele leva para a convivência intensa do reality — onde carisma, memória afetiva e identificação com a audiência pesam tanto quanto o desempenho nas provas.

Se antes ele era visto principalmente como galã de novela, hoje Boury também fala a língua das redes. Nos últimos anos, entrou de cabeça no TikTok, virou streamer e produtor de conteúdo. Essa mudança de rota não é detalhe: em realities, a construção de torcida e a rapidez para se comunicar com fãs fazem diferença. Quem já chega com base engajada costuma navegar melhor por cancelamentos, ranços e votações acirradas.

Do outro lado, há a expectativa natural que vem junto com o parentesco famoso. Fiuk, por exemplo, foi finalista do BBB 21 e sabe o peso do sobrenome em um jogo de confinamento: ajuda na largada, mas cobra posicionamento e consistência. Com Boury, o teste será parecido. O público vai querer ver se ele traz algo que vá além do pedigree — narrativa própria, estratégia e autenticidade.

Como a presença dele mexe com o jogo e o que esperar da temporada

Como a presença dele mexe com o jogo e o que esperar da temporada

A dinâmica de A Fazenda é conhecida: convivência intensa, provas de habilidade e resistência, tarefas diárias que exigem responsabilidade coletiva e, claro, roças que forçam alianças e rachaduras. O papel do Fazendeiro da semana segue sendo central, não só pela imunidade, mas porque altera o tabuleiro das relações. É nesse campo que atores costumam levar vantagem: leitura de ambiente, senso de timing e habilidade de improviso.

O perfil de Boury é de quem transita bem entre gerações — veteranos que o conhecem das novelas e público jovem que o acompanha no TikTok. Isso pode render combinações improváveis na sede: ponte entre grupos, mediação de conflitos e, se for o caso, protagonismo em narrativa de romance ou amizade duradoura, história que sempre vinga na preferência do público.

Para Record TV, a escolha é estratégica. Trazer um ator com histórico na própria emissora, ligação com uma família popular e trânsito digital aumenta o alcance do programa. O reality se alimenta de gente que gere buzz para além da TV — cortes de vídeo, memes, torcidas organizadas. Boury, com bagagem de set e roteiro em casa (literalmente), tem repertório para se posicionar rápido nesses ambientes.

Os pontos de atenção? O ritmo do confinamento costuma expor vaidades e fragilidades. Quem tem carreira longa às vezes entra com a guarda alta, com receio de se desgastar em treta. Só que neutralidade prolongada também elimina. A saída costuma estar no meio-termo: firmeza sem arrogância, humor nos momentos certos e leitura apurada das prováveis lideranças e antagonistas. Em uma casa cheia de microfones, “não jogar” também é jogar — e o público percebe.

Se repetir o padrão das últimas edições, as primeiras semanas devem ser decisivas para Boury. Ele precisa definir aliados, encarar a primeira roça como rito de passagem e entregar entretenimento sem forçar a barra. A atriz ou o cantor com quem formar dupla (mesmo que informal) pode ser determinante: duplas carismáticas rendem fã-clubes, mutirões e estabilidade.

O histórico de atores que migraram para reality mostra que narrativa é tudo. Quem constrói uma jornada com começo (adaptação), meio (conflitos e viradas) e um “arco” claro tem mais chances de durar. Com formação em dramaturgia dentro de casa, Boury sabe contar histórias — resta ver como isso funciona quando as falas não são roteirizadas e as câmeras não desligam.

No pano de fundo, a disputa por R$ 2 milhões segue como grande motor. Mas, para quem vive de imagem, ficar bem posicionado no pós-programa pesa quase tanto quanto o cheque final: publicidade, novos papéis e presença em projetos digitais. É um jogo de dois tempos — primeiro, sobreviver às roças; depois, capitalizar a visibilidade.

Por ora, a entrada de Guilherme Boury injeta curiosidade genuína na temporada. Ele combina três elementos que raramente andam juntos: tradição de bastidor, memória afetiva com o público e domínio das redes. Se transformar esse pacote em história boa de assistir, vira peça central do elenco. Se travar, vira alvo cedo. O relógio já está correndo dentro da sede.

Autor
  1. Juuuliana Lara
    Juuuliana Lara

    Trabalho como jornalista especializada em notícias do dia a dia no Brasil. Escrever sobre os acontecimentos diários me traz grande satisfação. Além da escrita, adoro discutir e argumentar sobre o andamento das notícias no país.

    • 16 set, 2025
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