A série Vermelho Sangue chegou ao Globoplay em 2 de outubro de 2025, trazendo para a tela brasileira a primeira narrativa de vampiros e lobisomens ambientada no Cerrado mineiro. No elenco, destaca‑se Letícia Vieira, atriz de “Vale Tudo”, que interpreta Luna, uma lobimoça que se transforma em lobo‑guará. Ao seu lado, Alanis Guillen, conhecida por “Pantanal”, encarna Flora, a humana que desperta sentimentos conflitantes. A série foi criada pelas roteiristas Rosane Svartman e Claudia Sardinha, e dirigida por Patricia Pedrosa, cujo olhar antes visto em “Cine Holliúdy” garante um tom regional autêntico. A produção conta ainda com o apoio dos Estúdios Globo e tem como cenário fictício a cidade de Guarambá, inspirada nas paisagens da Serra da Canastra e do Santuário do Caraça, em Minas Gerais.
Contexto e origem da proposta
Os criadores queriam algo que soasse ao mesmo tempo universal e profundamente brasileiro. "Achava que tinha que ser uma história bem brasileira, aí me veio a ideia de que o lobisomem faz parte da nossa cultura", conta Rosane Svartman em entrevista ao portal da produção. O conceito de "lobimoça" – versão feminina do lobisomem – foi escolhido para ampliar a discussão sobre gênero dentro de um gênero tradicionalmente masculino.
Desenvolvimento e produção
Os roteiros foram concluídos no início de 2023, após duas temporadas de pesquisa de campo nas áreas rurais de Minas. A equipe filmou cerca de 30 dias na Serra da Canastra, aproveitando a luz dourada do entardecer para capturar a atmosfera mística que permeia a narrativa. As cenas de Catas Altas e do Santuário do Caraça foram usadas como pano de fundo para as sequências de caça ao lobo‑guará, simbolizando a conexão entre o sobrenatural e a fauna local.
Além das paisagens, a produção investiu em tecnologia 4K, áudio 5.1 e audiodescrição, garantindo acessibilidade e qualidade visual. Cada episódio tem entre 26 e 31 minutos, permitindo um ritmo mais ágil que protege a atenção do público jovem sem sacrificar o desenvolvimento dos personagens.

Elenco e personagens principais
- Letícia Vieira como Luna, a lobimoça que se transforma em lobo‑guará a cada lua cheia.
- Alanis Guillen interpreta Flora, humana que rompe barreiras ao se envolver com Luna.
- Pedro Alves dá vida a Michel, um vampiro centenário que enfrenta dilemas de imortalidade.
- Heloísa Jorge encarna Carol, mãe de Luna e cientista de uma empresa farmacêutica que financia a pesquisa da cura.
- Rodrigo Lombardi aparece como o xerife da cidade, responsável por manter a paz entre humanos e criaturas.
Os atores trazem uma carga emocional que equilibra o sobrenatural com questões reais de identidade e pertencimento. A química entre Letícia e Alanis tem sido destaque nas redes sociais, onde fãs já criam fan‑arts que misturam o lobo‑guará com símbolos da cultura pop.
Temas abordados e recepção inicial
Além da fantasia, a série mergulha em debates sobre diversidade, ciência e conservação ambiental. A trama mostra uma pesquisa secreta financiada por uma empresa farmacêutica que busca criar uma cura para a maldição da Luna, trazendo à tona dúvidas éticas sobre experimentação em humanos.
Especialistas em cultura popular apontam que Vermelho Sangue pode criar um novo arquétipo latino‑americano de criaturas noturnas, semelhante ao sucesso de “Stranger Things” nos EUA, mas com forte raiz em mitos do interior brasileiro.

Próximos passos e expectativas
A primeira temporada, completada em 9 de outubro de 2025, já está disponível integralmente no Globoplay. A plataforma confirmou que o número de visualizações nas primeiras 48 horas superou a marca de 2,3 milhões, o que já indica a possibilidade de uma segunda temporada.
Enquanto isso, produtores planejam expandir o universo de Vermelho Sangue com podcasts que aprofundam a história da cidade de Guarambá e produções de curta‑métrica focadas em criaturas secundárias, como a “lobimoça‑cabeça‑de‑cavalo”. O futuro da série parece promissor, especialmente se considerarmos o crescente interesse do público por narrativas que misturam folclore nacional e horror contemporâneo.
Perguntas Frequentes
Como Vermelho Sangue se diferencia de outras séries de vampiros?
A série traz o lobo‑guará como símbolo nacional e apresenta a “lobimoça”, personagem feminina que não existia em narrativas ocidentais, misturando folclore mineiro com estética de séries internacionais.
Qual é a importância da ambientação no Cerrado?
Ao escolher a Serra da Canastra e o Santuário do Caraça, a produção destaca a biodiversidade brasileira e cria um contraste visual entre a beleza natural e o horror sobrenatural, reforçando o vínculo entre cultura e ecologia.
A série trata de questões de representatividade?
Sim. Além da protagonista feminina, o elenco inclui atores de diferentes origens regionais, abordando temas como identidade de gênero, sexualidade e diversidade étnica dentro de um gênero tradicionalmente homogêneo.
Quando será anunciada a segunda temporada?
Ainda não há data oficial, mas a equipe de produção já está em fase de roteirização e promete notícias nos próximos meses, aproveitando o alto número de visualizações da primeira temporada.
Quem são os principais responsáveis pela trilha sonora?
A música foi composta por Mariana Azevedo, que mistura sons da mata cerrada com eletrônica, criando uma atmosfera única que complementa o tom sobrenatural da série.
Trabalho como jornalista especializada em notícias do dia a dia no Brasil. Escrever sobre os acontecimentos diários me traz grande satisfação. Além da escrita, adoro discutir e argumentar sobre o andamento das notícias no país.