Se você acompanha futebol, já ouviu o nome Sven-Goran Eriksson em várias ocasiões. Ele foi o primeiro técnico estrangeiro a comandar a seleção inglesa, fez história na La Liga e ainda tem histórias curiosas que poucos conhecem. Vamos dar um panorama rápido, mas completo, para você entender por que ele ainda gera tanto papo nos bastidores do esporte.
Eriksson começou como jogador nas ligas menores da Suécia, mas logo percebeu que seu futuro estava fora de campo. Seu primeiro grande destaque foi no IFK Göteborg, onde ganhou o campeonato sueco e aprendeu a importância da disciplina tática. Em 1990, assumiu o comando do IFK Norrköping e, em poucos anos, transformou o time em candidato constante ao título.
O salto para a visibilidade internacional veio quando aceitou o convite do Cádiz CF, na Espanha. Lá, ele introduziu um estilo de jogo baseado na posse de bola e pressão alta, ideias que ainda influenciam treinadores hoje.
Em 2001, a Federação Inglesa quebrou tradição ao contratar Eriksson. Foi a primeira vez que a seleção teve um técnico estrangeiro. O objetivo? Modernizar o estilo de jogo e deixar a famosa “geladeira inglesa” para trás. Sob seu comando, a Inglaterra chegou às semifinais da Euro 2004, algo que não acontecia desde 1996.
Apesar do sucesso parcial, a pressão da mídia e a expectativa de conquistar a Copa do Mundo criaram um ambiente difícil. Após a eliminação na fase de grupos da Copa 2002, a confiança diminuiu e Eriksson acabou deixando o cargo em 2006.
Depois da Inglaterra, Eriksson voltou à Espanha, assumindo o Cádiz novamente antes de se tornar técnico do Levante UD. Seu auge clubístico foi no Real Madrid, onde ganhou a Supercopa de España em 2008. Embora não tenha conquistado a La Liga, seu trabalho foi elogiado por melhorar a consistência defensiva da equipe.
Mais recentemente, Eriksson teria um papel consultivo em clubes da Ásia, compartilhando sua experiência em planejamento de longo prazo e desenvolvimento de jovens talentos.
Além das partidas, Eriksson é conhecido por levar seu dog, um border collie chamado "Bobby", para alguns treinos. Ele acredita que a presença do animal ajuda a aliviar a tensão dos jogadores. Outra curiosidade: tem um hobby raro de colecionar relógios vintage, o que ele usa como metáfora para falar sobre a importância do timing no futebol.
No campo, sua filosofia privilegia a organização defensiva combinada com transições rápidas. Treina o time para manter a posse, mas sempre com a opção de contra-ataque pronto. Jogadores que passam por suas equipes costumam elogiar a clareza das instruções e a atenção aos detalhes individuais.
Hoje, Sven-Goran Eriksson ainda aparece como comentarista em programas de TV e mantém contato com agências de recrutamento. Seu nome ainda é lembrado quando clubes procuram um técnico experiente que saiba lidar com pressão internacional.
Se ficou curiosidade sobre algum momento específico da carreira dele, vale dar uma olhada nas entrevistas antigas e nos jogos da Euro 2004. A trajetória de Eriksson mostra que, mesmo fora da zona de conforto, é possível deixar marca profunda no futebol mundial.
Sven-Goran Eriksson, aclamado treinador sueco de futebol, faleceu aos 76 anos após uma batalha contra o câncer pancreático. Conhecido por sua passagem à frente da seleção inglesa e por suas conquistas em clubes na Suécia, Portugal e Itália, seu legado no futebol é vasto e significativo.