Sven-Goran Eriksson, Ex-Treinador da Inglaterra, Morre aos 76 Anos - Impacto e Legado no Futebol

Sven-Goran Eriksson, Ex-Treinador da Inglaterra, Morre aos 76 Anos - Impacto e Legado no Futebol

Falecimento de Sven-Goran Eriksson

Nesta segunda-feira, 26 de agosto de 2024, o mundo do futebol recebeu a triste notícia do falecimento de Sven-Goran Eriksson, renomado treinador sueco. Aos 76 anos, Eriksson sucumbiu a uma longa e dura batalha contra o câncer pancreático. A notícia pegou muitos de surpresa e trouxe à tona um vasto legado deixado por este icônico treinador.

Início da Carreira

Eriksson começou sua trajetória no futebol não como treinador, mas como jogador. Atuou como lateral-direito em diversos clubes suecos, embora sua carreira como jogador não tenha sido tão notável quanto sua futura carreira de treinador. Aos 27 anos, Eriksson pendurou as chuteiras para se dedicar à vida nos bastidores do futebol, uma decisão que mudaria a sua vida e a história de diversas equipes ao redor do mundo.

Ascensão como Treinador

O sueco deu seus primeiros passos como treinador no Degerfors IF, onde começou a moldar seu estilo de gestão e táticas inovadoras. Sua competência rapidamente chamou a atenção de clubes maiores, culminando em uma série de conquistas. Sven-Goran Eriksson teve uma carreira de sucesso na Suécia antes de se aventurar no futebol europeu.

Na década de 1980, ele fez história no futebol português ao comandar o Benfica. Durante seu período no clube, conquistou títulos importantes, incluindo o Campeonato Português. Sua excelência não parou por aí, ele também teve passagens vitoriosas na Itália, mais notavelmente com a Lazio, onde conquistou a Copa da UEFA e a Supercopa Europeia.

Glória no Futebol Internacional

A fama de Eriksson não se confinou às fronteiras da Europa. Em 2001, ele assumiu o comando da seleção inglesa, tornando-se o primeiro treinador estrangeiro a dirigir o time. Sua era à frente da Inglaterra foi marcada por uma série de vitórias e classificações importantes, incluindo Copa do Mundo e Eurocopas. Apesar das críticas e expectativas altíssimas, Eriksson manteve a seleção competitiva no cenário internacional até 2006.

Após deixar a seleção inglesa, sua carreira internacional ainda incluiria passagens por seleções como México, Filipinas e Costa do Marfim, além de clubes como Manchester City e Leicester City na Inglaterra.

Contribuições e Legado

Sven-Goran Eriksson deixou um legado substancial no mundo do futebol. Suas inovações táticas e sua capacidade de gerir múltiplos talentos fizeram dele um ícone. Muitos treinadores atuais se inspiraram em suas metodologias e seu estilo de liderança.

A notícia do seu falecimento trouxe uma avalanche de tributos de diversas personalidades do futebol. Jogadores, colegas e fãs ressaltaram sua visão de jogo e sua habilidade incomparável de transformar equipes medianas em campeãs.

O Impacto Pessoal

O Impacto Pessoal

Além de suas realizações profissionais, Eriksson era conhecido por sua humildade e dedicação fora dos campos. Suas relações pessoais refletiam um homem preocupado com o bem-estar dos seus jogadores e da sua família. Mesmo durante sua luta contra o câncer, ele manteve um espírito otimista, lutando com dignidade até o fim.

Seu falecimento deixa uma lacuna difícil de ser preenchida, mas sua contribuição para o mundo do futebol perdurará por muitos anos. Ao longo da sua vida, Eriksson inspirou tanto pela competência quanto pelo caráter, e é essa lembrança que fica gravada em nossos corações.

Descanse em paz, Sven-Goran Eriksson. Seu impacto no futebol e na vida de todos que tiveram a honra de conhecê-lo será eternamente lembrado.

Autor
  1. Juuuliana Lara
    Juuuliana Lara

    Trabalho como jornalista especializada em notícias do dia a dia no Brasil. Escrever sobre os acontecimentos diários me traz grande satisfação. Além da escrita, adoro discutir e argumentar sobre o andamento das notícias no país.

    • 26 ago, 2024
Comentários (14)
  1. Isabella de Araújo
    Isabella de Araújo

    Sven-Goran era tipo o cara que você não entendia direito o que ele fazia, mas de alguma forma tudo dava certo...
    Eu lembro quando a Inglaterra jogou contra a Alemanha em 2002, todo mundo achava que iam ser massacrados, e ele botou um time com o Beckam, Owen, Scholes... e saiu com um empate digno. Ele não era o gênio tático dos alemães, mas sabia lidar com egos de uma forma que ninguém mais conseguia. E isso é raro.
    Na época eu tinha 14 anos e achava que ele era um cara de outro planeta, tipo um estranho mágico que falava inglês com sotaque sueco e fazia o time acreditar que podia vencer qualquer um. Agora que vejo os treinadores de hoje, todos querem ser o Guardiola, mas ninguém quer ser o Eriksson. E ele era o que o futebol precisava naquela época: calma, humanidade, e um pouco de sorte.

    • 26 agosto 2024
  2. Elaine Querry
    Elaine Querry

    É lamentável que um estrangeiro tenha comandado a seleção inglesa. A Inglaterra tinha jogadores de sobra e treinadores nacionais qualificados. Essa decisão foi um erro político, não técnico. O futebol inglês não precisa de consultores externos para dizer o que fazer. O legado dele é questionável, pois nunca conquistou um título importante com a seleção. Apenas passou por fases de boa sorte.

    • 26 agosto 2024
  3. Joseph Foo
    Joseph Foo

    Sven-Goran foi um dos poucos treinadores que entendiam que futebol é gente. Ele não era o cara que gritava no vestiário, nem o que fazia treinos de 8 horas. Ele sabia escutar. No Benfica, ele fez o time jogar como um time, não como 11 indivíduos com contrato. E isso é raro até hoje.
    Na Itália, ele conseguiu equilibrar a disciplina italiana com a criatividade sueca - algo que ninguém mais conseguiu. Ele não inventou nada, mas soube juntar o que já existia e transformar em algo maior. E isso é o verdadeiro talento.

    • 26 agosto 2024
  4. Marcela Carvalho
    Marcela Carvalho

    Talvez o futebol tenha sido só um reflexo da vida e ele só estava mostrando que tudo é ilusão e que o resultado final é sempre a morte e que o que importa é o caminho e que o caminho dele foi feito de silêncios e de olhares e de gestos que ninguém viu mas que mudaram tudo

    • 26 agosto 2024
  5. vera lucia prado
    vera lucia prado

    A contribuição de Sven-Goran Eriksson para o futebol moderno é indiscutível. Sua abordagem humanizada, baseada em empatia e inteligência emocional, representou uma ruptura com o modelo autoritário tradicional. Ele demonstrou que a liderança não exige autoritarismo, mas sim compreensão. Sua capacidade de integrar culturas diversas - da Suécia à Inglaterra, da Itália à África - foi um marco na globalização do esporte. Sua memória merece ser preservada não apenas como um treinador, mas como um educador do futebol.

    • 26 agosto 2024
  6. Ana Carolina Borges
    Ana Carolina Borges

    Você acha que ele morreu de câncer? Não... ele foi silenciado. Os grandes clubes e a FIFA tinham medo do que ele sabia. Ele tinha acesso a dados que ninguém mais tinha sobre os jogadores, sobre os contratos, sobre os jogos manipulados. Ele não queria revelar, mas eles o fizeram desaparecer. O câncer foi só a desculpa. Eles não queriam que ele falasse sobre o que aconteceu na Copa de 2002, quando ele sabia que o árbitro foi pressionado. Ele estava prestes a publicar um livro. E agora? Sumiu. Tudo sumiu. E vocês acreditam nisso? Eu não.

    • 26 agosto 2024
  7. ANTONIO MENEZES SIMIN
    ANTONIO MENEZES SIMIN

    Eu não sabia que ele tinha treinado o Leicester...
    É engraçado, porque quando ele chegou lá, todo mundo achava que era só mais um nome bonito pra ganhar um salário alto...
    E ele fez o time jogar como se fosse um time de bairro, mas com inteligência...
    Me lembro de ver um jogo contra o City... eles não tinham nada, mas jogavam como se tivessem tudo...
    Ele não falava muito... só dava um tapinha nas costas e sorria...
    E isso era suficiente...

    • 26 agosto 2024
  8. Inah Cunha
    Inah Cunha

    MEU DEUS QUE TRISTEZA!!!
    EU LEMBRO QUE QUANDO ELE COMANDOU A INGLATERRA EU TINHA 10 ANOS E FIQUEI APAIXONADA PELO JEITO CALMO DELE!!!
    ELE NÃO GRITAVA NEM CHORAVA NEM FAZIA TEATRO!!!
    ELE SÓ OLHAVA PRO CAMPO E SABIA O QUE FAZER!!!
    EU QUERIA SER TREINADORA PORQUE ELE ME FEZ ACREDITAR QUE FUTEBOL ERA MAIS QUE GOLS!!!
    EU NÃO CHOREI QUANDO O MARADONA MORREU... MAS HOJE EU CHOREI POR ELE!!!
    EU AMO VOCÊ, SVEN!!!

    • 26 agosto 2024
  9. Cristiane Ribeiro
    Cristiane Ribeiro

    O que muitos não entendem é que Eriksson não era um técnico que queria dominar, ele queria libertar. Ele dava espaço para os jogadores serem quem eram. No Benfica, ele deixou o Rui Costa brincar. Na Lazio, ele permitiu que o Maldini (não, não, o Maldini era italiano, me desculpa, o Melli) fosse criativo. Ele não queria um time perfeito, queria um time vivo.
    Hoje, todos querem controlar cada passo, cada movimento, cada respiração. Mas ele sabia que o futebol é um jogo de emoções, não de algoritmos. Ele não era o melhor tático, mas era o melhor psicólogo. E isso é o que falta hoje. Não precisamos de mais treinadores. Precisamos de mais Sven-Gorans.

    • 26 agosto 2024
  10. valdirez bernardo
    valdirez bernardo

    Todo mundo fala que ele foi o primeiro estrangeiro da Inglaterra, mas esquecem que ele foi o primeiro que não tentou ser inglês. Ele não tentou falar como eles, não tentou ser duro, não tentou ser macho. Ele só foi ele. E isso foi o mais revolucionário. O futebol inglês queria um herói, ele foi um ser humano. E isso assustou muita gente.

    • 26 agosto 2024
  11. Andreza Nogueira
    Andreza Nogueira

    Se ele era tão bom, por que nunca ganhou a Copa do Mundo? Por que a Inglaterra sempre perdia nos pênaltis? Porque ele não tinha caráter. Treinador bom é aquele que vence. Ponto. Tudo o resto é conversa fiada. Ele era só um administrador de salário alto. Não tem legado. Só tem nostalgia.

    • 26 agosto 2024
  12. Vitor Ferreira
    Vitor Ferreira

    Eriksson foi um dos poucos que entendeu que o futebol moderno não é sobre tática é sobre branding e que ele era o melhor em vender a ideia de que um sueco podia liderar a Inglaterra e que isso era cool e que ele sabia disso e usou isso e que ele era mais um empresário do que um treinador e que o futebol hoje é isso e que ele foi o primeiro a entender isso antes de todos

    • 26 agosto 2024
  13. Joseph Streit
    Joseph Streit

    Eu li que ele costumava mandar cartas de mão para os jogadores que estavam em crise...
    Eu achei isso tão bonito...
    Não era um e-mail, não era um WhatsApp...
    Ele escrevia à mão...
    E isso faz toda a diferença...
    Hoje os treinadores mandam mensagem de voz com um emoji de coração...
    Ele escrevia...
    E ele não escrevia só sobre futebol...
    Ele perguntava como estava a família...
    Como estava o pai...
    Se a filha estava bem na escola...
    Isso é liderança...
    Isso é humanidade...
    E isso não tem preço...

    • 26 agosto 2024
  14. Isabella de Araújo
    Isabella de Araújo

    Você tá falando sério? Ele mandava cartas? Sério? Então ele era o tipo de cara que a gente nunca mais vê...
    Hoje os treinadores mandam mensagem no Telegram com um 'bom jogo' e pronto...
    Ele tinha tempo pra isso...
    E não era só pra jogadores famosos...
    Ele mandava pra os garotos da base também...
    Eu acho que isso explica porque tantos jogadores dele viraram pessoas boas...
    Ele não treinava futebol...
    Ele treinava gente...

    • 26 agosto 2024
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