Críticas ao treinador: o que a torcida e a imprensa falam
Todo jogo de futebol traz um cara que tem que decidir quem entra, quem sai e como o time joga. Quando as coisas não saem como esperado, a culpa costuma cair nos treinadores. No Brasil, a pressão é ainda maior porque a paixão dos torcedores não tem limites.
Um exemplo recente foi Dorival Júnior, do Corinthians. Depois da vitória contra o Palmeiras na Copa do Brasil, a imprensa começou a cobrar: por que o time ainda tem dificuldades para marcar? Por que o ataque parece parar nos últimos minutos? A crítica não ficou só nas manchetes; nas redes, a gente viu fãs pedindo troca de técnico, dizendo que o time não tem identidade.
Quando a estratégia vira controvérsia
Omar De Felippe, técnico do Central Córdoba, também entrou na roda de críticas. Antes da partida contra o Flamengo na Libertadores, ele decidiu poupar jogadores chave. Alguns acham que isso mostrou visão de longo prazo, mas outros disseram que ele abandonou a chance de surpreender o rival. A manchete dos jornais foi: "De Felippe arrisca e pode perder a torcida". Esse tipo de decisão costuma gerar debates acalorados, especialmente quando o resultado não vem.
Outro caso que pegou a atenção foi o de Andrés Fassi, presidente do Talleres, que ameaçou árbitro com guardas armados após perder para o Boca Juniors. Embora não seja treinador, a atitude dele acabou refletindo na pressão sobre o técnico do time. A AFA acabou suspendendo Fassi por dois anos, mas a crítica ao ambiente de intimidação ainda ecoa nos fóruns de futebol.
Como clubs e jogadores lidam com a pressão
Clubs costumam reagir de duas formas: reforçar o treinador com apoio público ou mudar o comando rapidamente. No caso do Corinthians, a diretoria ainda demonstra confiança em Dorival, oferecendo contratações para melhorar o meio‑campo. Já o Central Córdoba tem sinalizado que, se a estratégia de De Felippe não funcionar, pode haver troca no técnico antes da próxima fase.
Para os jogadores, a crítica ao treinador pode ser um jeito de buscar mais espaço. Quando a imprensa aponta falhas táticas, alguns atletas aproveitam para cobrar maior participação no planejamento. Essa dinâmica cria um clima de negociação que, às vezes, resulta em melhores desempenhos ou, em outros, aumenta a instabilidade.
Se você acompanha o futebol de perto, já deve ter percebido que as críticas ao treinador vão além das táticas. Elas tocam na identidade do clube, na relação com a torcida e até na política interna. Por isso, entender esses debates ajuda a ler melhor os jogos e a acompanhar as mudanças que podem acontecer nos bastidores.
Em resumo, a crítica ao treinador no Brasil tem cara de paixão, cobrança e, às vezes, exagero. Seja Dorival Júnior, Omar De Felippe ou outro nome, a pressão faz parte do espetáculo. Fique de olho nas próximas manchetes, porque o próximo time que entrar em crise pode estar a um clique de distância.