Ciclone Extratropical: tudo o que você precisa saber

Quando a notícia fala de tempestade forte no sul do Brasil ou em partes da Europa, muitas vezes o termo usado é ciclone extratropical. Mas o que isso realmente significa? Em palavras simples, é um sistema de baixa pressão que se forma fora das regiões tropicais, costuma trazer ventos fortes, chuvas intensas e, às vezes, neve.

Como nasce um ciclone extratropical?

A formação começa quando duas massas de ar muito diferentes se encontram: uma quente e úmida, outra fria e seca. Essa fronteira gera instabilidade na atmosfera, fazendo o ar girar e criar uma área de baixa pressão. Diferente dos furacões, que alimentam-se de água quente do oceano, os ciclones extratropicais tiram energia da diferença de temperatura entre as massas de ar.

O processo pode durar vários dias. Primeiro, o sistema aparece como uma zona de nuvens e chuva. Depois, ganha força, o centro de baixa pressão fica mais definido e os ventos aumentam. Quando atinge áreas costeiras, pode causar danos maiores por ventos e ondas.

Onde eles costumam aparecer?

Esses ciclones são comuns nas latitudes médias, como no sul do Brasil, Argentina, Chile, partes da Austrália, Europa e norte dos Estados Unidos. No Brasil, eles aparecem principalmente entre junho e agosto, quando o contraste entre o ar frio do sul e o calor tropical é maior.

Na Europa, são responsáveis por grande parte das tempestades que afetam o Reino Unido, França e Alemanha durante o outono e inverno. Nos EUA, são frequentes no corredor de clima conhecido como “cinturão de tempestade”.

Embora o nome pareça complicado, o fenômeno segue regras de física que já estudamos nos livros de ciências. O que muda é a intensidade e a região onde o vento sopra.

Impactos na prática

Para quem mora nas áreas afetadas, o ciclone extratropical pode significar:

  • Ventania que derruba árvores e linhas de energia.
  • Chuvas fortes que provocam alagamentos repentinos.
  • Neve ou granizo em regiões mais frias, dificultando o trânsito.
  • Ondas altas que atrapalham a navegação e o lazer na praia.

Além disso, a agricultura sente o efeito da chuva excessiva ou do vento que pode danificar plantações. Por isso, os serviços de meteorologia costumam emitir alertas com antecedência, permitindo que cidades se preparem.

Se você receber um aviso de ciclone extratropical, a melhor atitude é ficar de olho nas atualizações, evitar áreas alagadas e garantir que janelas e portas estejam bem fechadas. Em caso de ventos muito fortes, procure abrigo em locais internos, longe de objetos que podem ser arrancados.

Os avanços na modelagem climática ajudam a prever esses sistemas com maior precisão. Isso significa que, cada vez mais, as autoridades conseguem avisar a população com tempo suficiente para tomar medidas preventivas.

Em resumo, o ciclone extratropical não é um bicho de sete cabeças. É apenas um tipo de tempestade que nasce quando o ar quente e frio se encontram, trazendo vento e chuva. Conhecer como funciona e estar atento aos alertas pode evitar transtornos e garantir a segurança de todos.

  • setembro 23, 2025

Ciclone extratropical reforça chuvas intensas em SC e PR nesta sexta

Ciclone extratropical reforça chuvas intensas em SC e PR nesta sexta

Um ciclone extratropical se forma na costa do Sul do Brasil e traz uma frente fria que mantém chuvas fortes em Santa Catarina e Paraná nesta sexta. Ventos de até 70 km/h são esperados, com alerta de tempestades no norte do RS e sudeste de SC. No sábado, a frente se desloca mais rápido, intensificando precipitações em todo o Paraná. Dez cidades ficam sob risco de interrupções por volume de chuva entre 10 e 20 mm. A lentidão do sistema garante instabilidades até o fim de semana.