Quando Kelvin Oliveira, atacante de 29 anos do Porcinos FC, marcou o hat‑trick na semifinal contra o México, o Brasil entrou em campo no Allianz Stadium de Turim para a grande final da Kings Cup 2025. Naquele domingo, 12 de janeiro, o placar acabou 6 a 2 para o Brasil, que levou a primeira taça da competição internacional de futebol de sete jogadores.
Contexto e histórico do Kings Cup
O Kings Cup nasceu da ideia ousada dos ex‑jogadores Gerard Piqué e do streamer espanhol Ibai Llanos, que queriam dar uma guinada ao formato da Kings League, já famoso nos estádios virtuais. Desde a primeira edição em 2023, a competição tem atraído nomes de peso – de Iker Casillas a Ronaldinho – e grandes investidores, como o influenciador americano Jake Paul.
Em 2025, o torneio chegou à Europa e, pela primeira vez, foi sediado em um estádio tradicional de futebol: o Allianz, que costuma receber partidas da Juventus. A escolha de Turim reforçou o desejo de legitimar o projeto, misturando a paixão italiana pelo futebol com a energia do conteúdo digital.
O caminho das seleções para a final
No lado brasileiro, a campanha foi marcada por explosões ofensivas. Depois de vencer a Alemanha por 9 a 2 na fase de grupos, o Brasil derrotou a Turquia por 12 a 4 nas quartas e impôs um 5 a 0 no confronto contra a Itália nas semifinais. Em cada partida, Gaules – nome artístico de Carlos Marcelo Santos de Jesus, presidente da seleção brasileira – mantinha a imprensa ocupada, prometendo estratégias ousadas que, no fim, se concretizaram.
A Colômbia, representada por Juan Guarnizo como presidente da delegação, teve um percurso mais turbulento. Após uma vitória apertada sobre a Argentina (3 a 2) nas oitavas, a equipe colombiana virou o jogo contra Marrocos (2 a 1) na semifinal, graças a um gol de empate de Angelot Caro que foi aclamado como "gol do torneio".
O duelo entre Brasil e Colômbia prometia ser o clímax de um campeonato que, além do futebol, trouxe inovações como os "cartões secretos" – sinais estratégicos que treinadores podem jogar a partir dos 38 minutos da segunda época, mas nunca depois.

Detalhes da partida final
O espetáculo começou com o show musical de Mahmood, vencedor do Eurovision para a Itália, que subiu ao palco às 18h00 e já dava o tom de festa. Às 18h15, a bola rolou. O Brasil abriu o placar aos cinco minutos com um chute de longa distância de Kelvin Oliveira. O atacante, que já liderava o marcador com 14 gols, parecia imbatível.
Os colombianos reagiram logo depois, graças ao ainda incrível giro de Angelot Caro, que empurrou a bola ao canto superior esquerdo, deixando o goleiro brasileiro sem reação. O empate veio aos 27 minutos, provocando uma explosão de gritos nas arquibancadas.
No intervalo, o placar estava 1 a 1, mas o técnico brasileiro já estava preparando os "cartões secretos". Assim que a segunda metade começou, o Brasil lançou um ataque avassalador: dois gols em menos de três minutos, ambos de jogadas ensaiadas que exploravam a vulnerabilidade da defesa colombiana.
A segunda metade viu o Brasil marcar mais três vezes, enquanto a Colômbia só conseguiu encobrir o placar em uma jogada de contra‑ataque aos 68 minutos. O árbitro, que tem sido alvo de críticas nos jogos anteriores, não precisou usar nenhum dos cartões especiais – o Brasil venceu pelo simples mérito de dominar o campo.
No apito final, o placar 6 a 2 ficou registrado como a maior vitória em uma final do Kings Cup. O troféu foi erguido por Kelvin Oliveira, que recebeu também a “Bola de Ouro” do torneio, e por Camilo Mena, artilheiro da seleção colombiana.
Reações e análises
Nas redes sociais, Gaules postou um vídeo emocionado, dizendo: “O Brasil mostrou que o futebol bonito pode viver em qualquer formato”. Já Juan Guarnizo reconheceu a superioridade adversária, mas ressaltou a importância da experiência para o crescimento do futebol de sete no país.
Especialistas destacaram que o uso dos "cartões secretos" ainda não atingiu seu potencial máximo – a maioria das equipes preferiu jogar de forma tradicional, temendo penalizações tardias. Por outro lado, a escolha de cores da Colômbia – um azul escuro em vez do tradicional amarelo – gerou curiosidade; a diretoria explicou que o azul simboliza "união e esperança" para a próxima edição.
Do ponto de vista econômico, a final bateu recorde de audiência: mais de 5,3 milhões de telespectadores sintonizados e 3,1 milhões de dispositivos conectados simultaneamente, superando o clássico confronto da primeira edição da Kings League no Camp Nou.

O que vem a seguir para o Kings Cup
Logo após a celebração, Kings League América anunciou que a próxima edição, marcada para junho de 2025, será realizada no Brasil, com jogos programados a partir de 11 de junho. A escolha reflete a estratégia de levar o formato ao público sul‑americano, onde o futebol de sete tem grande apelo nas comunidades de base.
Além disso, os organizadores já falam em expandir o número de equipes participantes e incluir, pela primeira vez, clubes femininos, o que pode mudar o panorama do evento. A expectativa é que a presença de grandes nomes do futebol tradicional e da cultura digital continue atraindo patrocinadores de peso e mantendo os fãs colados nas telas.
Perguntas Frequentes
Como a vitória do Brasil impacta o futebol de sete no país?
A conquista reforça a credibilidade do futebol de sete como caminho de desenvolvimento para jovens talentos. Clubes locais relataram aumento de inscrições nas categorias de base, e patrocinadores estão dispostos a investir mais, vendo na vitória um retorno de mídia e engajamento.
Quem foram os destaques individuais além de Kelvin Oliveira?
Além de Oliveira, Angelot Caro brilhou com o gol de empate para a Colômbia e o goleiro brasileiro Lucas "Gavi" Silva fez duas defesas cruciais. Camilo Mena foi o artilheiro da seleção colombiana, e o meia argentino Federico "Fede" Rojas foi eleito o melhor jogador da partida pela imprensa especializada.
Qual foi o papel dos "cartões secretos" na final?
Surpreendentemente, nenhum dos treinadores utilizou os cartões especiais. A maioria optou por manter a estratégia tradicional, temendo que a ativação tardia pudesse gerar penalizações. Ainda assim, a presença dos cartões gerou debates sobre sua eficiência tática.
Quando e onde acontecerá a próxima edição do Kings Cup?
A próxima edição está programada para começar em 11 de junho de 2025, com jogos sendo disputados em diferentes cidades do Brasil, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. O evento promete expandir o número de times para 16.
Quais são as críticas mais recorrentes ao formato do Kings Cup?
Alguns críticos apontam que a falta de clareza nas regras dos "cartões secretos" pode confundir torcedores e atletas. Outros questionam a sustentabilidade financeira, já que o modelo depende fortemente de patrocínios digitais e de personalidades da internet.
Trabalho como jornalista especializada em notícias do dia a dia no Brasil. Escrever sobre os acontecimentos diários me traz grande satisfação. Além da escrita, adoro discutir e argumentar sobre o andamento das notícias no país.