Machismo é a ideia de que homens são superiores a mulheres e, por isso, têm mais direito a poder, espaço e respeito. Essa visão está presente em piadas, nas manchetes de notícias e até no jeito como alguns chefes tratam suas equipes. Quando você ouve alguém dizer que "isso é coisa de mulher" ou vê mulheres sendo subestimadas no trabalho, isso é machismo em ação.
Mas por que o machismo ainda persiste? Ele se alimenta de tradições, de hábitos que aprendemos desde pequenos e de estruturas que dão vantagem ao homem em várias áreas, como salário, representação política e direitos familiares. A mídia muitas vezes reforça esses padrões, seja ao dar mais destaque a atletas masculinos ou ao tratar críticas femininas como exagero.
Identificar o machismo é o primeiro passo para mudar. Preste atenção nas situações em que mulheres são interrompidas em reuniões, quando recebem comentários sobre aparência ao invés de competência, ou quando são culpadas por comportamentos de homens. Também vale observar o viés nas notícias: manchetes que destacam o sucesso de um homem como "talento natural" e o de uma mulher como "surpresa" costumam esconder o preconceito.
Alguns exemplos reais dão ideia clara: em reportagens sobre política, costuma‑se citar mais homens nas análises, enquanto mulheres são colocadas como coadjuvantes. Em esportes, comentaristas focam no visual das atletas ao invés de suas habilidades. Quando vemos esse padrão, podemos questionar e exigir uma cobertura mais equilibrada.
Não basta apontar o problema; é preciso agir. Primeiro, use a linguagem inclusiva: troque "homens" por "pessoas" ou "todos" quando fizer afirmações gerais. Segundo, compartilhe e comente conteúdo que dê voz a mulheres, como entrevistas, pesquisas e histórias de sucesso. Terceiro, desafie comentários machistas no trabalho ou nas redes sociais, mostrando que aquele discurso não tem lugar.
Outra atitude eficaz é apoiar políticas de igualdade, como cotas para mulheres em cargos de liderança ou campanhas de conscientização nas escolas. Quando você vê um colega recebendo um elogio por ser "bom líder", lembre‑se de reconhecer também as mulheres que lideram com excelência, mesmo que menos visíveis.
Por fim, eduque quem está ao seu redor. Conversas simples em casa ou com amigos podem mudar percepções. Pergunte: "Por que achamos que o carro deve ser dirigido por um homem?" ou "Quem mais poderia assumir essa tarefa?" Esses questionamentos abrem espaço para reflexões e, pouco a pouco, desmontam o machismo.
O machismo não desaparece da noite para o dia, mas cada atitude conta. Ao reconhecer o preconceito, questionar a mídia e praticar a igualdade no cotidiano, você ajuda a criar um ambiente onde todos tenham as mesmas oportunidades, independente de gênero.
A quarta temporada de Casamento às Cegas estreia na Netflix trazendo participantes mais maduros e experientes. Desta vez, os apresentadores destacam questões de machismo, incluindo um comentário polêmico de Alexandre Thomaz sobre o corpo de Ariela Carasso. A nova fase promete realismo e discussões sociais relevantes.